Por isso, vestem nosso dinheiro
e brindam com nosso suor.
Fumam nossa inatividade e apostam nossa inteligência.
Cativam todos com mentiras que não convencem mais.
Enterram a consciência pesada em direitos dos cidadãos
e cobrem seu túmulo com CPIs que serão esquecidas em pouco tempo.
Calam a justiça com notas que não lhes pertencem
e tornam o seu templo em zona de impunidade.
Esfregam na nossa cara o quase-nada que fizeram
como se fosse um ato heroico ou bondade divina.
Dizem ao povo que “pior do que está não fica”.
Cazuza disse que seus heróis morreram de overdose
e seus inimigos estão no poder.
E eu digo para abrirem o olho que ainda não foi furado:
Viraram-nos as costas por quatro anos
mas estão a caminho para nos pedir que estendamos as mãos.