sexta-feira, 22 de julho de 2011

Siga

Pare de se perguntar "por que?".
Pare de se lamentar pelo que passou.
O tempo não tem freios
Nem pena de atropelar os que param pelo caminho.
Você sempre pode reescrever sua história,
Mas as páginas anteriores não voltam
Nem podem ser apagadas.
Simplesmente siga,
Mesmo que nem saiba para onde.
A fé te levarará para os lugares onde você deverá estar
E te entregará exatamente aos braços a que você pertence.
Simplesmente siga,
Pois erro nenhum pode ser pior do que parar... esperar... e não agir.
Simplesmente siga!
Você já chegou tão longe.
(e se ainda não chegou, corra! está atrasado)
Você já passou por tantas dificuldades,
Sacudiu a poeira e está aí
Forte, inteiro.
Transforme essa energia potencial em movimento.
Transforme seus sonhos em realidade.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Para uma Menina Triste

Menina triste, para de chorar
E senta aqui no meu colo.
Não precisa se preocupar,
Deixa que eu cuido dos seus problemas.
Eu posso suportar.
Eu sou mais forte que você.
Se aquieta e deixa suas dores aqui.
Deixa o sono chegar,
Não tenha medo de descansar.
Não me dói onde te dói,
Então não vou te cobrar.
O tempo sopra a nosso favor
E você sabe que pode contar comigo.
Vai, enxuga logo essas lágrimas
E divide esse peso comigo.
Deixa suas dores aqui.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Velha na Janela

A casa verde
Com suas madeiras apodrecidas e paredes lascadas,
Está cansada mas ainda em pé.
E tão cansada está a senhora enrugada
Debruçada na janela.
A cidade corre depressa ao seu redor,
Os carros passam rápido,
As pessoas passam rápido,
Mas as horas dentro da casa insistem em passar devagar,
Enquanto a velha continua debruçada na janela
Observando os pombos que se aglomeram na calçada.
O rosto é sério,
Quase tão inanimado quanto os móveis da sala.
E a escuridão do cômodo só não é capaz
De apagar o branco reluzente dos cabelos despenteados
- há um pouco de solidão em cada fio.
Os movimentos são lentos mas a língua é esperta.
Pena que os ouvidos tornaram-se surdos para as suas histórias!
As mãos trêmulas não servem mais para o trabalho.
Pena que os olhos são cegos para o seu cansaço!
O tempo e o abandono,
Suas únicas companhias,
Levaram seus sonhos, as forças e a ambição,
Tiraram-lhe alguns entes queridos e alguns amores.
Enquanto que alguns compromissos de última hora
Assassinaram a esperança que não pode mais dizê-la
Que a vida não precisa terminar antes do seu tempo.
Que a última etapa da vida não precisa resumir-se a pombos vistos da janela.